Ignorância poética...
Em meio aonde o rebuscado não se dá.
O popular não se contenta,
Insiste em falar ou tentar falar.
Se integrar ao culto que o rico inventa.
Também pudera,
Quando fala o que sabe,
O outro galhofa, diz que é errado.
É o tal preconceito da língua,
Que separa, segrega.
A dita norma culta,
Que nos ensinam na escola,
Mais parece norma oculta.
Pois quem sabe sua forma?
Falar bonito é falar certo?
Então acabe-se a dialética,
Está instaurada em nossa língua
A ignorância poética!
E para os cultos que nos criticam,
E por cultura vêm julgar,
Pelo menos respeitem a licença,
A liberdade que a poesia nos dá.
Sintam-se à vontade, sejam os primeiros,
Mas antes que nos julguem já digo,
Vós falais o Português,
Mas eu falo é "Brasilêro"