quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Gêneros textuais:definição e funcionalidade

Segundo Marcuschi os gêneros textuais são fenômenos históricos com vínculos profundos na cultura e sociedade.Visto que, os mesmos não ficam ou sejam não são estáticos, são maleáveis, mutáveis de acordo com a necessidade se transformam, desaparecem, se aperfeiçoam e/ou nascem outros. Quando os nossos antepassados viviam na cultura essencialmente oral, os gêneros eram limitados. Por volta do séc. Vll a.C com a invenção da escrita foram surgindo e multiplicaram-se, típicos da escrita. Floresceram a partir do séc.XV, com a cultura imprensa e sua ampliação na fase da industrilização iniciada no séc. XVlll. Atualmente na cultura eletrônica principalmente com a internet, acontece uma explosão de novos gêneros e formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita.
Nos últimos dois séc. as tecnologias ligadas área da comunicação contribuiram para o avanço e o surgimento de novos gêneros, mas não são as tecnologias que originaram os gêneros e sim a intensidade dos usos das mesmas e suas interferências no cotidiano das pessoas. Pensando assim os suportes tecnológicos com rádio, TV, jornal revistas, internet por serem marcantes e muito presentes nas atividades comunicativas da realidade social, contribuem na aparição de novos gêneros como diversas formas comunicativas existentes e cada dia mais eficazes como teleconferências, videoconferências, cartas eletrônicas (e-mails), bate- papos virtuais, etc.
Um aspecto central no caso desses e de outros gêneros emergentes é o novo jeito de se relacionar com o uso da linguagem como tal. A redefinição se torna possível em alguns aspectos com a oralidade e escrita desfazendo mais as fronteiras. Aconteceu no último séc. um certo hibridismo desafiando asa relações entre o oral e a escrita, inviabilizando a velha visão dicotômica e tradicional ainda presente nos manuais de ensino da língua.
A presença de novos gêneros torna-se cada vez mais plástica, no caso das publicidades usam os formatos de gêneros existentes, mas para outros objetivos. Certos gêneros já têm sua funcionalidade e se são usados em outro quadro permite-se perceber com maior nitidez os novos objetivos.
Em muitos casos a forma define o gênero e outros tantos serão as funções. Marcuschi afirma que devemos ter cautela ao considerar o predomínio de formas ou funções para a determinação e identificação de um gênero.
Foi enriquecedor este artigo para melhor definir e entender a funcionalidade dos gêneros textuais.
Selma- Mutum